Marcadores Nutricionais, Clínicos e Moleculares para o Diagnóstico, Prognóstico e Monitoramento Terapêutico em Oncologia

por Gisele
Publicado: 20/09/2021 - 18:43
Última modificação: 27/10/2022 - 10:42

O câncer de mama (CM) é a principal causa de morte por câncer em mulheres e, apesar de mais frequente em países desenvolvidos, sua incidência tem aumentado rapidamente em países de baixa e média renda, incluindo o Brasil. Dentre as opções de tratamento, tem-se a quimioterapia (QT), a hormonioterapia e a radioterapia (RT). A QT pode provocar náusea, vômito, alteração do paladar, saciedade precoce, esvaziamento gástrico lento e boca seca, interferindo na relação do indivíduo com o alimento e impactando negativamente na qualidade de vida (QV). Além disso, tais efeitos adversos podem provocar impacto negativo na qualidade e no aporte de micro e macronutrientes, além de interferir no estado nutricional, com aumento das medidas antropométricas. Após este tratamento, grande parte das mulheres é encaminhada para a hormonioterapia, com indicação para uso de tamoxifeno (TMX) ou inibidores de aromatase (IA). A hormonioterapia, em linhas gerais, permite bloquear os efeitos ou reduzir os níveis de hormônios naturais no organismo (estrógeno) que possam favorecer o crescimento tumoral. Entretanto, tanto a utilização de TMX quanto de IA favorece efeitos adversos que, associados à própria doença em si, podem impactar a QV, consumo alimentar, estado nutricional e inflamação das pacientes, dados ainda não disponíveis na literatura e que necessitam ser melhor investigados. Já em relação aos eventos adversos agudos mais frequentes em mulheres com CM em RT estão as reações na pele denominadas radiodermatites, caracterizadas por eritema, hiperpigmentação, descamação e ulceração, tornando-se importante investigar os fatores de risco  para sua ocorrência, as escalas utilizadas em sua avaliação, bem como o impacto do tratamento na QV dessas mulheres.

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