As doenças degenerativas do aparelho cardiovascular, dentre elas a aterosclerose, representam a principal causa de morbi-mortalidade em todo o mundo. Os múltiplos fatores envolvidos em sua gênese, progressão e complicações interagem de forma complexa e definem a evolução da complicação isquêmica. A linha de pesquisa busca entender estas relações entre os diversos fatores envolvidos nos desfechos isquêmicos, incluindo aspectos populacionais, ambientais, bioquímicos, genéticos, tanto na origem das placas ateroscleróticas como na sua progressão, complicações e prevenção. Dentre estes fatores, merecem ênfase especial as dislipidemias, a hipertensão arterial e a obesidade/sedentarismo, bem como as repercussões do exercício físico nessas circunstâncias. Também são analisados aspectos terapêuticos destas doenças. Ainda, Em resposta aos vários agentes lesivos ao aparelho cardiovascular é iniciada uma série de modificações estruturais geométricas, elétricas e bioquímicas, todas elas integrantes do processo de remodelação cardiovascular. O resultado destas respostas representam a base fisiopatológica de diversas doenças como as miocardiopatias, com seus diferentes padrões de manifestação clínica, e da própria insuficiência cardíaca de diversas etiologias. Dentre os elementos agressores ao aparelho cardiovascular e vinculados à remodelação estão relacionados aqueles de origem hormonal, isquêmica e decorrentes de agentes físicos como a hipertensão arterial. Nesta linha de pesquisa são enfocados, em modelos experimentais e em seguimentos clínicos, as ações de diferentes agentes, sejam de ordem fisiológica, patológica e terapêutica, sobre os determinantes da remodelação cardiovascular. Ainda As pesquisas desenvolvidas no âmbito do laboratório de medicina experimental e no centro de pesquisas clínicas estão frequentemente entrelaçadas e têm ligação entre si. Como exemplo citam-se: avaliação do efeito do hormônio tireoideano na função cardíaca e na tolerância ao esforço, efeitos da doxorrubicina na função cardíaca tanto em animais como em pacientes em tratamento oncológico, efeitos do bloqueio neurohumoral com betabloqueadores, inibidores da enzima de conversão da angiotensina e da aldosterona avaliados em animais e em protocolos clínicos internacionais, utilização e desenvolvimento de células tronco em culturas celulares e em ensaios clínicos randomizados.